A maestria em saber não saber
Há alguns meses, tive a satisfação de receber o título do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) de Mestre em Educação Profissional e Tecnológica. E agora?
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Continue with readingChegar à sala de aula e assumir o papel de professor está sendo uma experiência enriquecedora. Algo que não é novo pra mim, mas que adotou uma representação diferente ao ter contato com novos conhecimentos adquiridos ao longo das disciplinas do Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT). Os olhares, o afeto, as dúvidas, e até a insegurança que observo no momento de tomar alguma decisão, me lembram muito do tempo quando eu estava do outro lado da sala, no ensino médio.
Assisti a uma série no Netflix, Merlí, que me despertou para diversas coisas que vivi na adolescência. Entre crises existenciais, dramas e problemas que parecem imensos, apesar de não representarem um terço do que viveremos na vida adulta, uma temática me chamou atenção: a amizade.
Arrisco a afirmar que uma das minhas maiores felicidades de 2018 foi a aprovação no Programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica, ofertado em Rede Nacional pelos Institutos Federais. E, lógico, junto a essa conquista, veio uma avalanche de sentimentos que vão do medo à euforia por tantas experiências que já ouvi de mestres e mestrandos a respeito dos desafios, obstáculos e dores ao longo dos estudos e produção (vulgo, parto) da dissertação. Mas, o que quero com este texto é compartilhar com vocês os passos que tomei na minha preparação para o Exame Nacional do PROFEPT.
Entre a expectativa e a ansiedade, aguardo o início de mais uma fase na minha formação humana: o ingresso no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica, Programa ofertado em Rede Nacional pelos Institutos Federais. Foram cinco meses de preparação para a realização do Exame Nacional e mais dois de muita adrenalina a cada resultado publicado. Nesse processo até a aprovação, o que mais me chamou a atenção foi o conhecimento e o despertar para questões que nunca havia analisado com tal profundidade, o que me levou ao resgate de percepções captadas lá na infância, quando assistia a minha mãe tratar de situações vividas como secretária em uma escola estadual no interior do Pará.
Nos noticiários, as retrospectivas marcam um ano difícil, doloroso e injusto para a maior parte do povo brasileiro. Perda de direitos e crises na economia e no cenário político resumem bem o amontoado de fatos que fizeram de 2017 um dos mais terríveis vividos pelas atuais gerações. Mas, não é essa reflexão o objetivo aqui. É muito mais uma projeção do que vem pela frente a partir do que se idealiza hoje, mesmo sem nem ter noção do que o que se deseja seja possível um dia.
Hoje é daqueles dias que a gente pensa momentaneamente e joga para o universo, guardando para si a sete chaves. Todas as vezes que me perguntavam sobre essa possibilidade eu era categórico: tentaria apenas se fosse para atuar como profissional específico em Relações Públicas. E isso nada tem a ver com orgulho ou sentimento de superioridade.
Se você teve um convívio semelhante ao meu, com certeza completaria a frase com uma expressão negativa. Isso, de repente, justifica a necessidade frenética que temos em sempre estar com a mente ocupada, maquinando estratégias, fazendo planos, analisando situações. Hoje, ao contrário, o que percebo é que estar com a mente vazia é sinônimo de uma paz e uma energização que somente quem tem a habilidade de esvaziar a mente é capaz de experenciar.
Comunicar é uma arte. A afirmação é propagada por diversos autores, e não é à toa. O processo de comunicação pode contar com métodos, ferramentas e estratégias, mas “infelizmente” não se adequa a fórmulas capazes de se ajustar a quaisquer situações, mesmo que semelhantes. No mercado, entretanto, em particular entre os negócios que utilizam a internet como principal base, tem surgido fórmulas mágicas de comunicação, onde o uso garantiria a maior eficiência possível da mensagem. A disseminação dessas fórmulas é crescente e aplicá-las de forma indiscriminada pode se converter em riscos para o próprio negócio.
No mercado de trabalho, quando a busca é por vagas que podem ser preenchidas por profissionais de comunicação, está cada vez mais difícil encontrar uma descrição específica para uma das habilitações. Desde que ingressei na área, em 2008, já era comum o cargo de analista de comunicação e hoje é quase extinto, nas grandes empresas, ser contratado como jornalista, relações públicas ou publicitário. Não que essas funções se tornaram desnecessárias, ao contrário: elas estão cada vez mais integradas. Porém, junto com isso, surgem questões que demandam certas análises.